sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

EMPRESA FAMILIAR.

Palavra do Presidente - Ivori Antonio Guasso
EMPRESA FAMILIAR


Numa rápida análise do quadro social do CES percebe-se a esmagadora predominância das empresas familiares que participam de nossa agremiação associativa.
Embora contestada por muitos Administradores em virtude da facilidade com que o negócio integra-se à vida pessoal da família, tenho opinião diferente, acredito que é o melhor tipo de sociedade onde o casal, juntamente com os filhos, materializam sonhos que ombro a ombro são edificados.
É saudável aos filhos realizarem cursos técnicos ou de graduação em áreas em que possam inserir-se nos negócios da família, se esta for proprietária de terras e tenciona-se continuar com a atividade, o normal é buscar conhecimento nas áreas agronômicas ou zootécnicas, se o pai é dono de jornal o curso de jornalismo é o que melhor se encaixa, e assim por diante, o importante é que esta decisão seja compartilhada pelas diferentes gerações, pois a singularidade de cada empresa mostra problemas crônicos e circunstanciais.
O grande imbróglio da empresa familiar é a sucessão! A passagem de bastão é o ato mais complexo deste tipo de organização, e requer comando e muito diálogo. Nos Estados Unidos apenas 30% dos familiares sobrevivem até a segunda geração e somente 10% atingem a terceira, no Brasil acredito não estar muito longe disto.
Para que a sucessão não signifique o fim da empresa, necessário se faz Compreender o risco do fracionamento e o compartilhamento da gestão exigirá muito tato e espírito de renúncia de todos os envolvidos.
Se esta sistemática demonstrar pouca eficácia, talvez haja a necessidade da contratação de um consultor independente, que através de instrumentos adequados poderá melhor encaminhar o legado das gerações pretéritas.
A quem recomende, com minha tácita discordância, que os familiares devem passar para uma espécie de conselho onde ficariam afastados da operacionalização do empreendimento, delegando a profissionais a gestão total do negócio, para mim isto significa a completa perca dos valores que são construídos ao longo de uma existência.
Por fim, se tentado às diferentes fórmulas possíveis de manter-se em atividade e mesmo assim não houver consenso nas definições, é preciso analisar com muita seriedade se o melhor não é passar o negócio adiante enquanto as divergências não produzirem seqüelas irrecuperáveis. ivoriguasso@uol.com.br

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